30 X Bienal







30 X Bienal

Apresentação

A história das exposições de arte é um instrumento imprescindível para a compreensão da história da arte. A Bienal de São Paulo é um caso significativamente singular, pois foi a primeira bienal a surgir em um país periférico no hemisfério sul, no qual provocou, a partir de 1951, uma dinâmica local particular. A mostra 30 × Bienal - Transformações na arte brasileira da 1ª à 30ª edição procura verificar os nexos, contextos, relações e processos que os artistas e obras estabeleceram como momentos determinantes na história da Bienal, da arte brasileira e, também, internacional. De fato, sem a rotina ininterrupta da Bienal, seria muito improvável a formação da tradição moderna e contemporânea tal como ocorreu, de maneira única nas artes plásticas brasileiras em contato e confronto com as tendências estrangeiras – e que veio a construir a própria história da exposição. A Bienal foi sempre, a cada edição, uma mostra da atualidade da produção artística brasileira. Inevitáveis, portanto, as posições em confronto, as relações e as aproximações. Foi o evento que rompeu com o isolamento cultural das artes plásticas e expandiu sua projeção para além daquele círculo de iniciados. Portanto, por meio tanto das obras quanto dos artistas da exposição, assim como da coletânea crítica do catálogo, 30 × Bienal busca apresentar as transformações da arte brasileira que ocorreram nas trinta edições – desde a polêmica sobre a arte abstrata que dominou os anos 1950, passando pela nova figuração, pelo experimentalismo e pelo influxo da arte pop nos anos 1960, pela atmosfera conceitual nos anos 1970, pelo retorno à pintura nos anos 1980 e pelas chamadas práticas contemporâneas que se manifestam desde o final do século 20. É o “efeito” Bienal, portanto, visto em sua totalidade: um processo transformador.

Paulo Venancio Filho
Curador



Nós e a 30 x Bienal







“Somente pela arte podemos sair de nós mesmos, saber o que um outro vê e desse universo que não é o mesmo que o nosso e cujas paisagens permaneceriam tão desconhecidas para nós quanto as que podem existir na lua”.
Refletindo sobre esse fragmento de Marcel Proust, in 'O Tempo Reencontrado' podemos entender que graças à arte “em vez de ver um único mundo, o nosso, vemo-lo multiplicar-se”, e quanto maior for o número de artistas originais que conhecermos, tantos serão os mundos à nossa disposição: escuros, perturbados, iluminados, encantados, assustados, coloridos, monocromáticos, geométricos, orgânicos, profundos, óbvios, complexos, enigmáticos... Infinitos.
Os alunos puderam ver, em mais esta exposição, obras estudadas em sala de aula ou vistas nas ilustrações dos livros didáticos. A monitoria (simpática e falante) conseguiu com muita propriedade discutir, provocar e revelar a poesia que inicialmente estavam ocultas aos olhos curiosos e coloridos dos jovens do grupo; seus celulares terminaram a visita repletos de estórias impressas em seus cartões de memória.

Álbum de fotos que contêm o registro da visita:










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