LP - APRENDER SEMPRE AULAS 1, 2, 3 E 4 (SEMANA 1 / 4º BIM 2020)







 


SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES 1 – 2º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO 

 

AMOR ALÉM DO TEMPO (p. 3-5) 

 

Essa atividade irá reforçar um pouco do que estudamos referente aos textos literários e não-literários, lembram? Se não lembra, tudo bem, essa é uma oportunidade de retomarmos e transformar em conhecimento e não esquecer mais. 

Acompanhe a leitura dos textos 1 e 2.   

 

Texto 1: Trecho da crônica “Uma coisa inútil”, por Menalton Braff 

 

Alguém pode me dizer qual é a utilidade do amor? Até hoje ninguém me convenceu. Ele, o amor, é inteiramente inútil. Como a vida. Não tem utilidade. Ter filhos, amigos, tudo tão inútil como a arte. Uma ideia, esta da inutilidade, que me parece ter comparecido em algum escrito de Kant. Na Crítica da Razão Prática? Não sei. E essa ignorância em assuntos filosóficos me dá coceira no corpo todo. Bem, se não foi o Kant, alguém deve ter dito isso, e juro que não fui o inventor. 

Penso nessas coisas quando tenho de ouvir umas pessoas dizendo que literatura é uma coisa inútil. Sou obrigado a concordar. Se amigo e filho têm utilidade, não são mais amigo e filho, passando à categoria de instrumento. Enfim, servem para alguma coisa.

Apesar disso, continuo lendo, e cada vez com maior paixão. E continuo vivo nem sei pra quê, pois se a vida também é inútil. Essa é uma afirmação perigosa, em alguns sentidos letal, pois há pessoas que não se interessam por coisa alguma que não tenha utilidade. [...]

 

BRAFF, M. Uma coisa inútil. Revista Bula, 2012. Disponível em: <https://acervo.revistabula.com/posts/colunistas/uma-coisa-inutil>. Acesso em: 13 out. 2020.

 

 

Texto 2: O “adeus” de Teresa, Castro Alves

 

A vez primeira que eu fitei Teresa,

Como as plantas que arrasta a correnteza,

A valsa nos levou nos giros seus

E amamos juntos... E depois na sala

“Adeus” eu disse-lhe a tremer co’a fala

 

E ela, corando, murmurou-me: “adeus.”

 

Uma noite entreabriu-se um reposteiro. . .

E da alcova saía um cavaleiro

Inda beijando uma mulher sem véus…

Era eu… Era a pálida Teresa!

“Adeus” lhe disse conservando-a presa

 

E ela, entre beijos, murmurou-me: “adeus!”

 

Passaram tempos… sec’los de delírio

Prazeres divinais… gozos do Empíreo…

... Mas um dia volvi aos lares meus.

Partindo eu disse - “Voltarei! descansa!. . .”

Ela, chorando mais que uma criança,

 

Ela, em soluços, murmurou-me: “adeus!”

 

ALVES, Castro. Espumas flutuantes. São Paulo: Ateliê Editorial, 1997.

 

Glossário:

Reposteiro: Espécie de cortina utilizada normalmente para substituir uma porta.

Alcova: Cômodo pequeno que pode servir de quarto de dormir.

Empíreo: Mitologia - a parte mais elevada do céu, habitada pelos deuses.

Arquejar: Respirar com dificuldade; ofegar, ansiar, arfar: arquejar após um grande esforço.

 

DICA: Para responder o quadro a seguir você deverá escrever no campo “forma” qual texto está escrito em verso e qual texto está escrito em prosa. No campo “linguagem” você deverá escrever qual tem uma linguagem denotativa (sentido literal: aquele do dicionário) e qual tem uma linguagem conotativa (sentido figurado: quando o sentido está modificado). No campo “função” você irá escrever o objetivo, ou seja, qual quer emocionar/encantar o leitor do texto e qual quer fazer o leitor refletir/observar.

Se você não tiver recebido o Material Aprender Sempre Vol. 3 impresso, copie o quadro no seu caderno de Língua Portuguesa ou no seu portfólio, mas se já o tiver em mãos, só preencher o quadro no próprio Material Aprender Sempre, página 4 e 5.




Para responder a próxima questão, leia os textos seguintes:

 

Crônica

A crônica é um texto curto (cerca de uma página) que conta um único caso, enfatizando mais a observação da situação do que as personagens ou o ambiente - valoriza a moral que se pode tirar dessa situação observada.

Poema/Poesia

O poema é sempre escrito em verso, é um estilo de texto que retrata as emoções (mas também pode se referir a temas mais concretos), abusando de conceitos abstratos, metáforas e outras figuras de linguagem. Existem poemas narrativos que podem superar os romances em comprimento, chamados estes de poemas épicos.



Antes de seguirmos para o próximo passo dessa primeira Sequência de Atividades, vamos ouvir uma interpretação do poema “O Adeus de Tereza”




RECURSOS LINGUÍSTICOS DO POEMA (p. 5 – 8)


Contextualizando...

 

Faça a leitura da breve contextualização histórica sobre Castro Alves e em seguida releia o poema “O ‘adeus’ de Teresa”. Depois, responda às perguntas 1 a 6.


Wikipedia. Castro Alves. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Castro_Alves>. Acesso em: 23 jun. 2020.





Caso tenha dificuldade de responder a atividade 4, segue a explicação de “metonímia”:

metonímia é uma figura de linguagem ou de palavra caracterizada pela substituição de um termo por outro, havendo entre eles algum tipo de ligação. Desse modo, pode haver a substituição de parte pelo todo, qualidade pela espécie, singular pelo plural, matéria pelo objeto, indivíduo pela classe, autor pela obra, possuidor pelo possuído, lugar pelo produto, efeito pela causa, continente pelo conteúdo, instrumento pelo agente, coisa pela sua representação, inventor pelo invento e concreto pelo abstrato.

 

IMPORTANTE: A atividade a seguir já está respondida, apenas analise o valor semântico empregado nos versos em que Tereza diz “adeus”




ORIGENS DO SAMBA (p. 8 – 11)


Leia a letra da música abaixo. Em seguida, responda às questões.

 

Felicidade
(Noel Rosa)


Felicidade! Felicidade!

Minha amizade foi-se embora com você

Se ela vier e te trouxer

Que bom, felicidade que vai ser!

 

Trago no peito

O sinal duma saudade

Cicatriz de uma amizade

Que tão cedo vi morrer

 

Eu fico triste

Quando vejo alguém contente

Tenho inveja dessa gente

Que não sabe o que é sofrer

(Felicidade...)

 

O meu destino

Foi traçado no baralho

Não fui feito pra trabalho

Eu nasci pra batucar

 

Eis o motivo

Que do meu viver agora

A alegria foi-se embora

Pra tristeza vir morar

(Felicitá...)

 

ROSA, N. Felicidade. Cidade: Gravadora, 1932. Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/noelrosa/felicidade.html>. Acesso em: 17 jun. 2020.











IMPORTANTE: A atividade a seguir já está respondida, apenas analise a argumentação possível mostrando como o poema e a letra de música retratam seus desfechos trágicos.



Chegou a hora de ouvir a canção de Noel Rosa...”Felicidade”...nessa versão gravada pelo próprio Noel Rosa em 1932. Uma verdadeira viagem no tempo. Noel que não viveu mais que seus 26 anos de idade deixou mais de 250 cações que viraram clássicos imortais na Musica Popular Brasileira. Muito respeito ao mestre sambista.



FINALIZANDO



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